Dei uma lida no jornal "Folha de
Palmeira" e claro, não podia deixar de comentar a reportagem sobre os
novos prefeitos, em especial o de Porto Amazonas.
Na reportagem Ademir fala de seus
planos para o ano que se inicia, incluindo uma nova Prefeitura, a instalação de
um museu onde funciona a atual e o pleno funcionamento do Hospital, que foi
interditado pela 3ª Regional em 2010 e passou por uma ampla reforma nos últimos
dois anos e, ao que se sabe o atual prefeito Miguel também esteve visitando o
Secretário de Saúde do Estado e Regional de Saúde, porém sempre foram
categóricos de que precisava realizar todas as etapas das reformas, com custos
totalmente suportados pelo município.
Pois bem, o prefeito eleito falou ser
inadmissível não nascer crianças em Porto Amazonas, mas o engraçado é que
quando ele administrou o Município por oito anos, somente nos últimos anos de
seu mandato, começaram a nascer crianças. São situações engraçadas não é? Pois
é muito fácil falar, principalmente quando não somos nós que estamos a frente
da Máquina.
Outro ponto que me chamou a atenção foi a visita ao secretário de Saúde Michele Caputto Neto, onde o triunvirato que o visitou “praticamente exigiu o pleno funcionamento do hospital!”.... kkkk! Imagino a cena, o prefeito eleito e seu vice exigindo do secretário de Estado: "Ou o hospital funciona plenamente ou??? Ou o que devem ter dito para exigir? Ora não nos tomem por ímbecii. Devem ter pedido, mas sem exigências, pois no cenário eleitoral estadual Porto Amazonas representa mil e poucos votos numa eleição de governador. Um Município como o nosso, de pouca representatividade eleitoral não exige nada! Apenas agradece o pouco que os Governos Federal e Estadual nos mandam. Mas, lembro, que para exigir a abertura há necessidade de cumprir o cronograma de obras e investir no centro cirúrgico, além de toda a parte burocrática de rotinas, etc. Aí sim, tem-se condição de exigir, salvo se a 3a Regional de Saúde mudar de posição e jogar no lixo a mesma legislação que fundamentou a decisão da interdição.
Outro ponto que me chamou a atenção foi a visita ao secretário de Saúde Michele Caputto Neto, onde o triunvirato que o visitou “praticamente exigiu o pleno funcionamento do hospital!”.... kkkk! Imagino a cena, o prefeito eleito e seu vice exigindo do secretário de Estado: "Ou o hospital funciona plenamente ou??? Ou o que devem ter dito para exigir? Ora não nos tomem por ímbecii. Devem ter pedido, mas sem exigências, pois no cenário eleitoral estadual Porto Amazonas representa mil e poucos votos numa eleição de governador. Um Município como o nosso, de pouca representatividade eleitoral não exige nada! Apenas agradece o pouco que os Governos Federal e Estadual nos mandam. Mas, lembro, que para exigir a abertura há necessidade de cumprir o cronograma de obras e investir no centro cirúrgico, além de toda a parte burocrática de rotinas, etc. Aí sim, tem-se condição de exigir, salvo se a 3a Regional de Saúde mudar de posição e jogar no lixo a mesma legislação que fundamentou a decisão da interdição.
Eu como cidadão e usuário da Saúde espero
realmente o funcionamento pleno, até porque foi promessa de campanha e
promessas devem ser cumpridas! Falou-se muito nos comícios (bem verdade que
nestes foram alguns candidatos a vereadores) que o hospital literalmente, já
nos primeiros meses de governo, iria funcionar a “pleno vapor”, pois segundo
alguns correligionários isso era má vontade política do Prefeito e seu
secretário. Aguardemos, tomara que se concretize.
Agora, a "pérola" da
entrevista foi a "limpeza na prefeitura". Vou fazer duas análises,
uma em tom irônico e a outra mais séria. Ironicamente, estou imaginando a
cambonagem no dia 02 de janeiro, todos com baldes e vassouras fazendo uma
limpeza pelo prédio, pois é a única coisa que poderão fazer. Os cargos
comissionados da atual administração saem junto com o prefeito Pepé. De forma séria,
inadmissível, um Prefeito eleito falar de servidores concursados e
especializados nas suas funções, dizendo que vai fazer a limpa, pois
indiretamente está afirmando que os mesmos só fazem serviço sujo, servidores
estes que na sua maioria serviram o Prefeito Ademir nas suas duas gestões e que
contribuíram para que suas contas fossem aprovadas. Usou dos mesmos, e agora
por interesses políticos vem a público dizer que vai fazer limpeza. Isso no
mínimo caracteriza assédio moral a ponto de um exemplar do jornal ser levado as
autoridades do Ministério Público do Trabalho ou ao Ministério Público de
Palmeira, pois prenuncia-se a tentativa do resgate coronelista, talvez
inspirado na novela recém apresentada pela Globo, Gabriela.
Deve-se lembrar ao futuro alcaide,
que a grande maioria dos servidores que prestam serviço na prefeitura são
concursados e pouco se pode fazer. Não existe mais aquela prática coronelista
de remanejar funcionário ou persegui-lo no serviço, sem ofertar a mesma condição
de trabalho. Os tempos são outros, as Leis são outras. Hoje por exemplo existe,
como se disse acima, o assédio moral e qualquer funcionário que se sinta
prejudicado pelo empregador, pode e deve denunciar.
Lembro quando o prefeito Pepé assumiu
o primeiro mandato, seu antecessor e eleito novamente Ademir, deixava de
herança cerca de 43 cargos em comissão. Cargo de músico, fazendo limpeza no
hospital, músico-motorista, era o que mais tinha. Isso mesmo MÚ-SI-COS e nem
sequer uma fanfarra a Prefeitura tinha. Além dos músicos Ademir não exonerou a própria
esposa, que ocupava o Departamento de Assistência Social, pois não dispunha de
recursos para pagar os direitos trabalhistas, deixando a “bomba” para Pepé. E o
pior, agora aparece em público para condenar uma prática da qual sequer tem
moral pra falar.
Pois bem, do sonho de demitir os
comissionados da atual administração, o futuro governo não terá o sabor.
Na verdade a reportagem serve mais para
saciar os ânimos dos mais próximos e que acreditaram no discurso populista.
Todos esperando por sua vaguinha e esperançosos para, como diziam os próprios,
"mamar" nas úberes da máquina pública, que ao que se desenha, deverá
ter muitas tetas, pois há um Projeto de Lei na Câmara de vereadores para extinção
de vários cargos comissionados e que agora há resistências na aprovação do
mesmo por parte de algumas lideranças políticas que foram severos críticos a
existência dos mesmos.
No mais é aguardar e ver no que vai
dar. Esperar a transferência da Prefeitura para outro local e poder visitar o
museu que será instalado. Aliás esse museu era para ter saído no segundo
mandato de Ademir, como tantas outras promessas, mas vamos ver se agora
desencanta.
Finalizando, por tudo que li e
interpretei da reportagem, devemos ajudar o novo prefeito a escolher um novo lugar
para instalar a administração que chegará com o ano novo. Eu sugiro o Palácio
de Buckingham, e vocês?
Sandro Gusso
HS