Retornando do Carnaval e retomando
as atividades no Blog pensei que este mês de fevereiro a surpresa maior em
minha vida seria a renúncia de sua Santidade o Papa Bento XVI, mas ao chegar em
nosso município e ler a Gazeta de Palmeira, a notícia do Papa ficou em segundo
plano, pois o choque foi maior ao ler as portarias acima (mas há outras
portarias de nomeação também é só acessarem: <http://www.gazetadepalmeira.com.br/blog/wp-content/plugins/page-flip-image-gallery/popup.php?book_id=88>).
Olha, nada contra as duas pessoas
nomeadas nas Portarias em destaque mas não poderia deixar de comentar. A atual
administração está debochando de todos nós! Tudo bem que os cargos em comissão
são de livre nomeação do prefeito, mas do jeito que a máquina está andando, ou se
rastejando, a impressão que se tem é que o prefeito está de brincadeira. Não só
com os funcionários públicos, mas com toda a população. Se não bastasse as
nomeações do mês de janeiro, Ademir extrapola ao nomear mais uma esposa de
vereador para um cargo de Secretaria. Ilegal? Talvez! Imoral? Com certeza,
tendo em vista que a Secretaria ocupada é a de Administração Pública! Gente,
por favor, isso é piada! A senhora em questão não tem formação nenhuma para
ocupar tal posto e esse fator soa como um deboche da cara dos eleitores, não só
do 40, mas também do 44! Tenho certeza
que se durante a campanha, o que está sendo feito hoje na Prefeitura tivesse
sido anunciado, o resultado teria sido outro. O Povo sofreu um grande
estelionato eleitoral e isto pode ser constatado pelas nomeações do
secretariado, que é composto em grande maioria por pessoas ligadas ao
Legislativo e nos leva a uma questão. Ademir é refém dos vereadores ou os
vereadores estão reféns do prefeito?
O dinheiro público não
pode ser usado para sustentar o “preciosismo” de politicos que querem tudo para
sua família, que para apoiar o Prefeito tem que fazer nomeação, nem que as
pessoas não tenham a mínima qualificação para isso. Não sei como não teem vergonha de serem nomeadas para um
setor onde não sabem nada, e o pior, será que vão ficar no setor ou vão para
outro setor para fazer bordado, crochê, pintura e corte e costura? Pois estes
tipos de serviços JAMAIS, isso mesmo JAMAIS podem ser considerados de direção,
chefia ou assessoramento. Digo isso porque vi o processo em que uma familiar
minha foi questionada na sua função e o Promotor de Justiça, Dr. Antonio Carlos
Nervino foi categórico: ISSO NÃO PODE SER CARGO EM COMISSÃO!
No segundo caso, a nomeação da
esposa de um ex-vereador e candidato derrotado em 2012 chega ao absurdo. De
funcionária concursada como auxiliar de serviços gerais, a senhora passa a
ocupar o cargo de assessora executiva, o que consequentemente eleva seu salário
de mínimo para R$2.200,00 bruto. Isso mesmo, o cargo de assessor executivo tem
o valor de R$ 2.200,00 brutos. E que
tipo de Assessoria Executiva vai prestar? Será que ao menos poderiam
descriminar as funções para que pudéssemos acompanhar o desempenho? Ou será que
é mais uma que vai assessorar no bordado, crochê,
pintura e corte e costura?
Em ambos os casos, o Departamento
de Administração e a Assessoria Executiva, exigem de seus ocupantes um grau de
instrução e conhecimento técnico, pois a Lei que os criou tráz suas
atribuições. Mais uma vez, Ademir Schuhli desrespeita a Lei Orgânica do
Município e sobretudo a orientação do Ministério Público Federal que tráz
regras para nomeações de secretariado.
Seria cômico, se não fosse
trágico, mas fico pensando, por exemplo, em uma das Portarias está o nome da
Srta Juliana Ribatski, que possui curso superior em administração e ser nomeada
para um cargo com padrão de vencimento inferior. E por que não ela para um
desses cargos? Aliás, baseado em ser candidato a vereador a mesma merecia um
maior reconhecimento. Política a parte, ela tem muito mais a oferecer a
administração que as outras duas, pois pelo menos sabe o que faz.
Por outro lado, fico imaginando
os funcionários públicos concursados, que esperaram no mês de janeiro o
reajuste salarial e nem um centavo sequer tiveram e pelo que tudo indica não
terão também em fevereiro, sendo obrigados a ler o jornal. Fico imaginando também
a classe do magistério, que são obrigadas a estudar e se aperfeiçoar
constantemente verem que na atual administração a questão do estudo é a menos
importante. O que importa é ter voto dentro da Câmara, para que os desmandos
não sofram fiscalização por parte daqueles que foram eleitos para fazê-lo.
Pior, é que cada funcionário é obrigado a suportar no seu bolso a falta de
reajuste para poder abrir mais uma torneira escancarada do dinheiro público, só
para acomodar mais um parente de político.
Já vi de tudo nessa vida, mas a
edição da semana passada do Jornal oficial sinceramente me deixou com medo. Fico
imaginando o que vem ainda no esporte, já que a tetinha está em aberto. Fico
imaginando para quanto vai à folha de fevereiro, uma vez que a mesma já
ultrapassou o limite estabelecido pelo TCE. Fico imaginando qual a nova
secretaria a ser criada e quem vai ser o (ou a) ocupante!
Depois ficam bravos, mas
realmente não dá pra aceitar este tipo de coisa e ficar calado. Não estou
ofendendo ninguém, é o povo que está sendo ofendido, pois seu dinheiro está
servindo só para empregar e melhorar a vida dos próprios políticos!
Por outro lado, lembro que na
campanha, pessoas ligadas ao atual prefeito enalteciam o fato do mesmo ser
detentor de um curso superior e constato com tristeza e indignação, ver que o
fato de se ter estudo em Porto Amazonas não é relevante. Basta você estar
casado com um vereador ou ser filho de um e a vaguinha estará garantida,
independente do que você sabe ou não fazer.
Fica aqui a minha indignação e
espero que as autoridades, Ministério Público, Tribunal de Contas e Imprensa
não fiquem vendo essa barbaridade acontecer sem no mínimo um questionamento,
inclusive os vereadores da oposição que manifestem isso em plenário, pois o
povo é o verdadeiro detentor do Poder e não aceita este tipo de situação, pois
o que se vê nada mais é do que uma farra com o dinheiro que é nosso. O dinheiro
público sendo utilizado para saciar a sede (ou fome) de poucas famílias em
detrimento da população.
Por hoje é isso. Como se precisasse
mais depois destas nomeações! O deboche está feito e nós que o suportemos!
Sandro Gusso
HS!